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Livros de Luciano Farias Mega
quinta-feira, 11 de abril de 2013
QUANDO MORRE UMA LÍDER...A TORCIDA VIBRA.
Margareth Tatcher morreu. Rapidamente os noticiários partiram para mais do mesmo. Mostrar sua vida, sua história, seu governo, seu legado. Tudo mostrando daquela maneira "morreu então é boa" como são tratadas geralmente a morte dos líderes mundiais.
Alguns foram supreendidos, outros não, por notícias como "há em Londres nesse momento uma manifestação para COMEMORAR a morte de Margareth Tatcher. Afinal o que fez esta mulher para merecer isto?
Revisitando a sua época descobrimos rapidamente. Tatcher foi uma "anti-povo". Em nome de uma mudança da economia inglesa, deixando a industrilização, seu maior legado para traz, adotou o financeirismo. Algo como acontece aqui. É o popular Neo-liberalismo.
Engraçado como este sistema defendido muito aqui no Brasil por várias correntes e políticos não consegue agradar ninguém. As pessoas chegam e defendem a privatização, o ensino pago, a austeridade. Mas ninguém gosta. Não conheço líderes amados por seu povo vindos desta corrente. Tatcher era a maior expoente deste sistema e assim acaba seu legado. Os ingleses com certeza não sentirão saudades dela.
Assistindo ao REDAÇÃO Sportv ví um jornalista Inglês, chamado Tim Vickery. Perguntado se ele sentia muito a morte de Tatcher ele respondeu, sinto mais o seu nascimento. É assim que um inglês se refere a esta ex-governante que por 11 anos esteve no poder da Inglaterra.
Em 1989 aconteceu uma tragédia na cidade inglesa de Hillsborough, que matou 96 pessoas. Na época o Governo Inglês, chefiado por Tatcher, com a ajuda do Jornal sensacionalista The Sun culpou os torcedores do Liverpool pela tragédia.
No ano passado uma ação judicial abriu a possibilidade dos arquivos do caso virem a público. Ficou comprovada que a culpa não foi dos torcedores e sim de um erro grotesco da polícia que não soube comandar as ações e que abriu um portão que deveria estar fechado possibilitando a super-lotação e por consequência a morte de 96 pessoas.
Desde então a torcida do Liverpool, que passou anos sendo tachada de assassina, cantava nos estádios pela morte de Tatcher e pedia justiça aos 96. Basta buscar no youtube para ver as imagens.
Talves isso seja mais uma mostra de como pensa uma corrente que defende o lucro acima de tudo. Segundo o mesmo Tin Vickery, Thatcher declarou uma vez que a sociedade não existe, ou seja, para ela imperava o individualismo. A coletividade, como o futebol e outras coisas, de nada valiam.
Então nada mais justo que também na sua morte o individualismo se perpetue e não exista uma ação coletiva em sua memória, a não ser para festejar sua partida.
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