segunda-feira, 13 de setembro de 2010

TRISTE FIM

O milagre da vida as vezes termina de forma trágica.
Nove dias atrás eu fazia minha mudança. Depois de passar mais de um mês na casa de minha avó, agora a casa locada já estava pintada e pronta pare receber a mim, minha companheira e minha filha.
O que não sabíamos é que teríamos mais alguém com a gente. Minha sogra que viera para ajudar na mudança disse que tinha ouvido passos vindo do forro da casa. Minha companheira confirmou. Eu disse que não devia ser nada, para evitar o pânico, claro que isso quase gera uma crise conjugal. Não acreditas em mim? Inquiria minha companheira.
Mas foi um vizinho que me disse que vira uma enorme ratazana sair do terreno baldio atravessas a rua e entrar na casa abandonada ao lado da minha. Na sexta passada chegamos em casa a noite e minha companheiro ligou a televisão e sentou-se na poltrona.
Escutou barulho e viu a cabeça dela atrás da outra poltrona. Saiu correndo e me chamou. Com minha filha no colo subiu no sofá. Olha o fiasco, falei. Fui tentar pegar, achando que era um pequeno rato, sei lá, um camundongo. Não levava fé nas informações até então. Quando mexi na poltrona apenas vi uma sombra rápida atrás indo para atrás do meu rack.
Cerquei daqui, dali, ela escapou em alta velocidade. Foi aí que eu tomei o susto. É grande, não era fiasco da minha companheira. Que baita bixo. Mas onde estaria agora? Ví que foi para as peças da frente, uma delas o quarto da minha filha.
Fui ao mercado e comprei 5 ratoeiras e muito veneno. Tinha que proteger minha família, fazer o que? Espalhei por várias partes da casa e na manhã seguinte vi que apenas uma estava desarmada. Era ali onde ele entrava e saia do forro. Concentrei as 5 ratoeiras ali e coloquei mais veneno.
Na noite de sábado ao chegar abri a porta da peça e enxerguei a ratazana, já não parecia tão ágil. Quando voltei com um balde para caçá-la já havia sumido. Nesta manhã de segunda abri a porta para ver como estavam às ratoeiras e lá estava ela, em um canto da peça. Completamente atordoada.
Peguei-a com ajuda de um balde e uma madeira para tapar o balde. Era grande mesmo, pesada até. E agora o que fazer? Telefonei para meu pai que não sabia me dizer se alguém empalhava animais na cidade.
Bom, tinha então de me livrar eu mesmo do animal. Morador indesejável. Fui até o terreno baldio da esquina e abri um buraco com uma pá. Depois joguei a coitada no buraco e com a pá quebrei-lhe a coluna. Estalou e a vítima indefesa não emitiu um único ruído.
Morreu olhando para mim. Senti na hora, e ainda sinto um aperto no coração. Ver a vida do animal se esvaindo não foi nada bom. Que sensação horrível .
Se tratava de um animal e fiquei assim. 
Me pergunto como alguém pode matar outro ser humano?

Um comentário:

  1. Luciano, caso não leias esta mensagem, amanhã no máximo (29/09) te ligo pra te pedir o que peço por aqui: Por favor, anuncia no Santa Vitória Agora a V FEIRA DE INCENTIVO A LEITURA DE SANTA VITÓRIA DO PALMA E III ARTE DE SER CRIANÇA, organizados pela Secretaria Municipal de Educaçãoe que se realizará nos dias 7, 8 E 9 DE OUTUBRO NO GINÁSIO DE ESPORTES CARDEAL. Obrigado!

    ResponderExcluir

ATENÇÃO:
NÃO SERÃO ACEITOS COMENTÁRIOS:
ANÔNIMOS
QUE CONTENHAM PALAVRAS DE BAIXO CALÃO.
QUE CONTENHAM XINGAMENTOS.
QUE NÃO FALEM DO TEMA DO POST.
OU AINDA QUE O MODERADOR DO BLOG JULGUE COMO SENDO PREJUDICIAIS AO BLOG, AOS BLOGUEIROS OU AOS LEITORES.

TENHA BOM SENSO E DEIXE AQUI A SUA MENSAGEM, CRÍTICA CONSTRUTIVA OU SUGESTÃO.

OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO.