sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A POLÊMICA DOS PARABÉNS

Cartaz Grêmio parabeniza com ironia título Internacional Libertadores

Instalou-se no RS mais uma polêmica envolvendo a dupla GRENAL.

Desta vez saltam colorados irritados, tipo o Kenny Braga, contra o anúncio de parabenização que o Grêmio fez ao Inter em virtude do título conquistado pelos colorados.
O anúncio diz que o “primeiro gaúcho bi-campeão da América parabeniza o segundo”.
Não vou entrar no mérito da discussão, tipo se foi bem ou mal feito, ao contrário a minha discussão aqui é outra. É mais geral.

Vocês se deram conta como anda chato, e muito, o futebol?
Qualquer piada, brincadeira que se faça é motivo para reações do tipo, “nãããããããooooo, isso não pode.” “é desrespeitar o rival”... E isso parta qualquer besteirinha.
Olha eu me lembro muito bem dos anos 90 e um pouco dos 80. Quem ganhava tocava a flauta e os outros agüentavam calados ou então, se fossem inteligentes, retrucavam com alguma outra piada. Lembro que circulou lá pelo ano de 1995 um “Atestado de Óbito” do Grêmio, assinado pelo Marcelinho Carioca (era a gozação colorada pelo nosso vice da Copa do Brasil). A Revanche tricolor chegou depois do Bi da América com a “Promoção Colorado Arrependido” que segundo a brincadeira que se tratava de uma ficha de inscrição para torcedores colorados que quisessem virar tricolores.
Mas era tudo na boa, sem esse clima bélico que tem hoje. De uns tempos para cá começara com essa de “politicamente correto” e nada mais pode.
Com tudo isso acabaram matando o GRENAL. Hoje qualquer time de São Paulo, Uruguai ou Argentina tem mais lugar como visitante em Porto Alegre do que o Grêmio no Beira-Rio ou o Inter no Olímpico.
Tudo isso começou, devo recordar, quando o Inter teve seu número de sócios aumentado e muito, é verdade. Mas piorou ainda mais com o episódio dos banheiros químicos. Dalí para cá só piorou. O clima é ruim entre as torcidas aqui no RS e qualquer brincadeira que se faça pode ser mal interpretada, ou bem interpretada porém não respeitada.
O engraçado é que com coisas mais sérias, como o caso Bruno, se faz piada e ninguém fica brabo.
Estamos pouco a pouco formando uma cultura cada vez mais forte de intolerância entre as pessoas que torcem por times diferentes, ou até mesmo dentro da mesma torcida.
Essa cultura que está sendo gestada no Futebol parece, na prática, uma repetição da cultura geral da vida, onde as pessoas estão se matando por qualquer besteira.

Votamos a favor das armas e depois não sabemos de onde sai tanto tiro.
Achamos correto que não existam brincadeiras, pois o Futebol é coisa séria, e depois não sabemos por que os torcedores não sabem mais brincar civilizadamente.
Ninguém conversa mais para resolver o problema, basta pegar uma arma!
Ninguém toca mais flauta, basta espancar um rival!

Em tempo: votei contra as armas e acho que o GRENAL era mais legal quando tinha uns 10 mil do visitante.

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