A palavra
República tem origem do latim rés publica
e significa coisa do povo, ou seja, alquilo que não é privado de ninguém e
pertence a muitos. Faz 128 anos que o Brasil se tornou uma República, deixando
de ser Império e fazendo com que o então Imperador Don Pedro II retornasse a
Portugal onde ainda seria Rei.
Nestes 128
anos entre erros e acertos, entre felicidades e tragédias passamos por momentos
de caos. A República teve de ser refundada algumas vezes. A última foi ao fim
da ditadura de 1964, quando inclusive chamou-se o momento de a Nova República.
E a marca mais forte desta Nova República é a Constituição Federal de 1988.
Estabelecidas
as regras que determinariam como o País iria se organizar começou então a luta
por fazer cumpri-las. De maneira lenta, a base de muita disputa política
algumas destas regras começaram a ser implementadas na prática e a fazer algum
sentido.
Na área
social, ao qual mais me toca, estas diferentes situações proporcionaram ao
Brasil como País implantar um sistema de atendimento, de garantia de direitos e
de ações preventivas também que onde pela primeira vez na história conseguiu-se
de fato diminuir consideravelmente o contingente de pessoas miseráveis no País.
Políticas de acesso a renda, ao trabalho, a educação e a saúde atuam no mesmo sentido.
Mas se em
1889 o povo viu meio que surpreso os militares proclamarem a República, o que
se vê em 2017 é justamente o desmonte desta coisa pública, como diziam os
romanos antigos. Todas as conquistas alcançadas em 1988 com a chamada
Constituição Cidadã estão sendo colocadas em cheque.
Preferências
a parte, basta lembrar que o pré candidato a Presidente melhor colocado nas
pesquisas propõe um Referendo Revogatório para justamente chamar a população
para a recomposição destes direitos que estavam garantidos até então e que hoje
estão sob forte ataque.
Segundo
estudos do DIAP, este mandato é o que concentra no Congresso Nacional o maio
índice de Deputados e Senadores considerados conservadores desde 1962. Bastou esta
situação acontecer para que estes conservadores conseguissem eleger um de seus
líderes Presidente da Câmara dos Deputados e na primeira oportunidade derrubar
a Presidenta eleita legitimamente de seu mandato.
E Dilma Vana
Rouseff pagou caro o preço da Política determinada pelos políticos conserva dores
que se apropriaram da coisa, do público, da República e hoje determinam o que o
país deve debater. A pauta política hoje é a pauta política conservadora que chegou
ao poder todos sabemos como, na base da traição, da esperteza e do jogo sujo.
E a república
que hoje completa seus 128 anos já não merece uma letra maiúscula. Tão fraca
que é, com mecanismos de defesas que estão sendo derrotados todos os dias nos
plenários, salas e corredores na capital Brasília e pelo país afora.
Somente nós,
os cidadão Brasileiros é que podemos reverter essa situação e fazer nada mais
do que cumprir o que está escrito na Constituição de 1988. No ano que vem, em
Outubro, temos eleições. Mas a República precisa de nós já, não pode esperar.
A república
brasileira pede socorro e necessita voltar a ser escrita com letra maiúscula.
República Federativa do Brasil.
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