segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quem?

Em uma conversa fui provocado por uma pessoa que amo muito. Não o tipo de provocação que faz a gente ficar magoado. Falo daquela provocação que faz a gente parar para pensar. Quem? Perguntou-me a pessoa. Quem mesmo é o seu exemplo? Quem você segue? Pegou-me no contrapé! Não tive resposta.
A saída foi falar a verdade. Não tenho uma pessoa, hoje em dia, que eu olhe e pense. Gostaria de ser como ele! Este é o meu ídolo! Este é meu líder! Simplesmente não tenho. Tenho teorias, ideologias, crenças (não religiosas) que eu sigo. Ideias de vida que acredito serem boas para todas, mas não tenho um ser Humano como modelo a seguir. E refletindo, será que precisamos ter?
Tivesse a pessoa me perguntado durante a minha infância a resposta seria óbvia, meu Pai! Afinal foi ele quem me apresentou o mundo e por ele recebi as primeiras lições de como funciona o poder e do que significa a solidariedade.
Se fosse quando eu estava no Ensino Médio, lá por 1996, seria Che Guevara. Nessa época li sua biografia. Apaixonei-me pela história de uma pessoa que renunciou uma vida tranquila que teria, pois era Médico, em sua terra natal para lutar por um ideal em um país distante.
Mais tarde tive outras ideias de pessoas como Mandela; Lula; Olívio Dutra; Brizola e Mujica, não necessariamente nesta ordem e muitos deles de forma concomitante. Todos por motivos diferentes, mas de um jeito ou de outro me passaram bons exemplos do que deve ser um Ser Humano. Somemos a esta lista Betinho; Marx; Rousseau entre outros.
Gostaria de ter o talento de Cazuza; Raul Seixas; John Lennon ou então do Spielberg; George Lucas ou Almodóvar. Stephen King é genial! Niemayer? Por que não? Todos grandes nomes das artes. Antes que eu me esqueça, o Chico Buarque é demais!
No esporte tem os caras do meu time. Renato; Koff e Cacalo. No esporte a motor o Nelson Piquet será meu ídolo eterno. E tem outros como o Oscar e o Abdul Jaba no Basquete e a Nádia Comaneci na Ginástica. Forçando a cabeça sai mais alguém, é certo que sai.
Mas nenhum desses nomes me inspiram a serem pessoas as quais devo seguir como exemplo, porém todos eles tem algum ou muitos, pontos que admiro.
Não me ocorre o mesmo com as ideias. Vejam só! Desde criança quero Justiça Social. Não sei querer outra coisa. Ainda me considero um Marxista, não me considero ortodoxo. E isso importa? Pra mim sim.
Tenho que admitir que há muito tempo uma pessoa não me colocava uma indagação que me fizesse pensar tanto. De repente me dei conta que não tenho mais ídolos, tenho apenas pessoas que admiro. Não sei dizer se isso é bom ou ruim. É um fato, apenas um fato em minha vida. Aos 37 anos de idade não tenho mais ídolos!

Alguém saberia dizer se isso é bom ou ruim?

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