A muitos anos não vivemos um momento tão impar na história brasileira. A política interna sempre tão afável com as alianças de todos os tipos agora nos mostra que está chegando um momento para a decisão de uma vez por todas sobre qual projeto a maioria das pessoas querem que aconteça.
A mesma política que formou uma República da Espada, que viu uma aliança entre gaúchos e nordestinos derrubar a política do café com leite, que viveu a mais longa das noites sob a ditadura agora chega a um ponto culminante.
Alguns dirão que as alianças estão aí outra vez. É verdade! Sempre estiveram e sempre estarão como escrevi em um post anterior.
O que devemos saber interpretar é o que cada uma dessas alianças significa. Será mesmo que teremos três ou quatro vias nesta eleição?
Qual será o grande mote da campanha 2014?
Antes de qualquer coisa, se faz necessário para responder esta pergunta, responder outra: O atual modelo deve continuar?
Este é o X da questão. Quantos brasileiros querem que este governo prossiga por mais quatro anos e quantos querem que se altere? O resto é jogar para a torcida.
Por isso a questão de ser terceira via é sempre um factóide. Uma maneira de vender jornal e de se anunciar um candidato. Em resumo sempre haverá duas opções, ou se mantém o que está lá ou se muda. Simples assim.
Vejamos um exemplo histórico recente. O caso Rigotto no Rio Grande do Sul em 2002. É comum até hoje escutarmos muitos dizerem que ele foi a terceria via, uma alternativa a Tarso e Britto. Na verdade os projetos de Britto e Rigotto eram os mesmos. Quatro anos mais tarde o mesmo grupo político apoiou Yeda Crussius, grande parte dos Secretários de estado de Yeda eram os mesmos de Rigotto que tinha o vice do mesmo partido de Yeda. Por tanto era o mesmo grupo político outra vez. O que acontecia era uma questão de estratégia.
Qual era a estratégia?
Lançar vários nomes e apoiar o que passasse para o segundo turno no enfrentamento ao candidato do PT que por sua vez também colhia seus apoios de derrotados em primeiro turno.
Então na verdade o que acontece é um tipo de plebiscito aonde devemos decidir se queremos continuar ou não com o que temos.
Essa história de terceira via não passa de engodo, de peça de marketing para o convencimento das pessoas.
Para a próxima eleição presidencial se apresentam, até o momento, três grandes grupos para a disputa. O grupo que está no governo hoje, o grupo tucano e o Campos/Silva.
Se a sua decisão for por manter no governo uma plataforma baseada principalmente na Política Social como política de geração de emprego e renda, que aposta no ensino técnico, que aumentou e muito as vagas em universidades, que trouxe para o Brasil a industria naval (antes acontecia em Singapura e Amsterdan) seu voto será no atual governo.
Se você acha que este caminho é ruim, que deve ser alterado, então você votará em uma das outras opções e não importa qual delas pois o resultado será o mesmo. Qual é? Simples o final do processo atual.
No final das contas deixo aqui um trecho da música Vícios de linguagem dos Engenheiros do Hawai:
Tchê, de que lado tu estás?
Ninguém pode agradar os dois lados
Hey, it's time to make a choice
We all want to hear your voice (it's true)
Faça a sua aposta, tome a sua decisão
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