RIO BRANCO
LEIA AQUI A HISTÓRIA DO LEÃO DA COXILHA
NOME OFICIAL: ESPORTE CLUBE RIO BRANCO
DATA DE FUNDAÇÃO: 12 DE JANEIRO DE 1912
1º PRESIDENTE: MÁRIO CORREA
PRESIDENTE ATUAL: JOSÉ ERLI
MASCOTE: LEÃO DA COXILHA
HISTÓRIA
No início da década de 1910, um grupo de jovens vindos da cidade de Castillos no Uruguai, liderados por Mário Correa que viria a ser o primeiro presidente, chegou a Santa Vitória para administrar uma fazenda que haviam recebido de herança e juntamente com alguns amigos da cidade, fundaram o E. C. Rio Branco.
O nome foi escolhido em virtude de ser o Barão do Rio Branco, na época Ministro das Relações exteriores do governo brasileiro, a pessoa mais importante nas relações entre Brasil e Uruguai. O Barão comandou um movimento para cedencia de parte da Lagoa Mirim e do Rio Jaguarão, que pertenciam ao Brasil, para o Uruguai atravéz do tratado de Petrópolis em 1910.
E o clube que fora fundado por uma maioria de uruguaios que agora chegavam para morar no Brasil, recebeu as cores verde e amarelo, justamente por serem as cores oficiais do país que os estava recebendo. E o Rio Branco enfrentou muitas dificuldades nos primeiros tempos, em 1916 a sua sede foi destruída durante um incêndio e ali se perderam os estatutos e as atas, inclusive a ata de fundação, além de outros documentos históricos.
Esta afinidade entre uruguaios e brasileiros que existia no E. C. Rio Branco fez com que a maioria dos jogadores uruguaios que atuaram em Santa Vitória vestissem justamente a camisa do Leão da Coxilha. Exemplos destes foram Soto, Gusman, Sanvicente (que tem seu nome imortalizado por um clube do Chuy – Uruguai, o Sanvicente) e Almada entre outros, todos grandes jogadores.
Foi apenas durante a ditadura de Getúlio Vargas, décadas depois, que o vermelho foi incorporado. Na época o presidente sancionou um Decreto - Lei que proibia qualquer agremiação de utilizar as cores da bandeira nacional. O interessante é que as cores não podiam ser usadas exclusivamente, ou seja, um time não podia ter verde e amarelo como cores oficiais, mas se além destas uma terceira cor (desde que não fossem o azul e o branco, também presentes na bandeira) fosse incluída o problema estava solucionado.
A escolha da nova cor se deu inspirada pelo Grêmio Atlético Farroupilha da cidade de Pelotas que também tivera de acrescentar uma nova cor, pois também utilizava o verde e o amarelo e que, além disso, fora obrigado a mudar de nome, pois chamava-se Regimento, coisas que um governo exageradamente nacionalista, e que foi classificados por muitos de fascista, não poderia aceitar.
A estréia da nova camiseta do Rio Branco, que agora virara o Tricolor da Coxilha, foi em uma partida amistosa contra o próprio Farroupilha. Foi aí que nasceram os dois uniformes tradicionais do Rio Branco. O uniforme número um que tinha uma camiseta branca com listras horizontais verde, amarelo e vermelho e o segundo uniforme, onde as três cores apareciam em listras verticais, igual ao uniforme principal do Farroupilha.
O primeiro pavilhão do Leão da Coxilha, da década de 1930, era de madeira e ao redor do campo havia um muro feito com chapas de zinco, os famosos latões do Rio Branco, que produziam um barulho estrondoso quando a bola era chutada para fora com muita força. Era um verdadeiro luxo para a época, pois os outros times tinham muros de madeira. Pelo lado de fora havia uma linha de arame para que as pessoas não chegassem perto e danificassem os latões.
O zinco durou até a década de 1960 quando se iniciou a construção do muro que perdura até hoje. Já o pavilhão de madeira durou mais, foi até o final da década de 1970, quando uma comissão paralela a diretoria foi encarregada de construir um novo pavilhão, que seria o maior da cidade.
O projeto era ousado, a comissão que era formada por Homero Vasquez Rodrigues (Presidente), Hélio Chiesa (Vice-presidente), Nelson Martino de Oliveira (Tesoureiro) e Ari Joaquin Torino, o Ducha (Secretário), mostrara estar a frente de seu tempo e pediram a Arquiteta Leila Gasal que projetasse não apenas um pavilhão, mas um que tivesse cobertura e que na parte debaixo abrigasse ainda um restaurante, seria um verdadeiro precursor das modernas arenas com seus Shopings e praças de alimentação e tudo isso em uma cidade com cerca de trinta mil habitantes.
A obra foi comandada pelos engenheiros João Messias Gasal e Albano Mespaque, mas por coisas do destino, e que são comuns em países pobres, acabou faltando dinheiro e no ano de 1983 foram concluídas as obras,porém, sem o restaurante, a cobertura e os banheiros. Mesmo assim, a torcida do Leão da Coxilha se vangloria até hoje por ter o maior pavilhão da cidade, seja em altura, comprimento ou ainda em capacidade de público. Por essas e outras que muitas vezes as finais são disputadas no Campo de Rio Branco, mesmo que ele não seja um dos finalistas.
Na década de 1940 e 1950 destacarm-se grandes nomes como: Remes Estol (Remito), João Melo, que era Half esquerdo, o equivalente ao volante dos dias de hoje), o ponteiro direito Alfredo, Quinca e Mário Maragalione que era Ponteiro esquerdo e teve votação unânime em uma pesquisa realizada em 2000, apenas com pessoas que tinham mais de 70 anos, para apontar os melhores do século em Santa Vitória.
E foi este clube o primeiro a festejar um título no Novo Milênio, com a conquista do Campeonato Citadino de 2001.
ANOS DOURADOS
O tricolor da Coxilha teve sua época de ouro nas décadas de 1960 – 1980, neste período o Clube foi duas vezes Vice-campeão do Estadual de Amadores, “coisa que nenhum outro time de Santa Vitória conseguiu”, enfatiza o Prof. Homero Rodriguez um dos torcedores mais fanáticos e membro do Conselho do Clube.
O presidente era Antonio Oliveira, o saudoso Selo que acompanhado pelo vice Hélio Chiesa construíram a primeira sede social de um clube de Santa Vitória.
Dentre os jogadores destacavam-se o goleiro Canabarro, o lateral Abílio, os zagueiros Marquinhos e Maneca, no meio campo figuravam Sérgio Luz, Posada e Valério (que jogou no Farroupilha e no Grêmio de POA) e o ataque arrasador que tinha: Loló Rodrigues, Cláudio, Bacelo, João e Celso (que é o atual delegado da Polícia Civil de Santa Vitória do Palmar).
Este time tinha como ponto forte o ataque e os passes longos ao estilo da seleção brasileira de 1970, que na época fazia escola. A técnica era aliada ao excelente preparo físico, pois o técnico era Romeu, um Tenente do Exército que implantou a preparação física em Santa Vitória, algo que antes era muito pouco explorado, tanto por equipes amadoras como profissionais e que estava entrando na moda justamente nesta época, aliás, o fato da preparação física da seleção de 1970 ser muito boa é tido até hoje como um dos grandes fatores que ajudaram na busca do tri no México.
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