Este Blog se destina a divulgar as opinões e os trabalhos de Luciano Mega - Sociólogo; Mestre em Política Social e Escritor
Livros de Luciano Farias Mega
sexta-feira, 25 de julho de 2008
O QUEBRA CABEÇA DA INFORMAÇÃO (COLUNA PARA O MOMENTO)
Informação! Esta palavra é tudo hoje em dia. Nascemos bombardeados pela informação e aquele que não nasceu passou a ser bombardeado há pouco tempo e vai ser assim até o fim dos seus dias! Quem não a tiver, tem tudo para ser um fracasso. Além disso, ela é multifacetada, ou seja, tem muitas caras. É preciso filtrá-la!
De acordo com o veículo que se escuta, lê ou ouve-se a informação vem de maneira diferente, porém na maioria das vezes ela vem descontextualizada, ou seja, sem aquilo tudo que a rodeia. Sem os pormenores que muitas vezes são o que justamente determinam o fato. Fica-se sabendo só uma parte da notícia.
Exemplo disso? Há vários, mas vou citar um que ficou marcado para mim. Ainda morava em Pelotas, era o ano de 1997 ou 98, não lembro bem, quando vi uma notícia num telejornal estadual: “Cervejaria abre nova fábrica na região metropolitana, serão 200 novos empregos diretos.” Alguns dias depois, o jornal local da mesma rede exibiu outra manchete a respeito da mesma cervejaria: “Fabrica de cerveja fecha em Pelotas e 400 pessoas ficam sem emprego.”
O que a princípio parecia uma boa notícia, a criação de 200 empregos, na verdade era uma má notícia, a perda de 200 empregos! E esta não é a única maneira de sermos enganados pelas notícias. Veja-mos a questão do esporte. Como sou fã de futebol e torcedor do Grêmio, assisto a quase todos os jogos e gosto de escutar no rádio. Se possível um pouco em cada estação. Fanatismo? Talvez, mas um pouco de consciência também!
Na partida do Grêmio contra o São Luiz de Ijuí, houve um lance onde quatro jogadores do Grêmio tabelaram e a conclusão deu no travessão. O jogador que deu o último toque antes da conclusão não foi citado pela emissora que eu estava ouvindo naquele momento, que por ironia é a minha favorita. Foi um toque que deixou o seu companheiro em condições de marcar o gol, objetivo máximo do jogo. Mesmo assim o narrador, o repórter e o comentarista não falaram seu nome, ou seja, para quem não viu a partida pela televisão ele não participou daquela jogada e, para completar, este mesmo jogador foi duramente criticado ao final da partida sob alegação de “participar pouco do jogo”.
Na política é a mesma coisa, enquanto um jornal chama a eleição de Evo Morales na Bolívia como volta ao passado, outro classifica de vitória do povo. Se você ler sempre a Veja, e somente a Veja, certamente odiará o PT. Mas se em contra partida, variar sua leitura poderá, e terá uma gama muito maior e profunda de informações, as quais o ajudarão a formar sua opinião.
Justamente aí está o xis da questão! Para explicar meu ponto de vista vou parafrasear meu amigo Fred, que é vereador na cidade de Jaguarão: “neutro só detergente”. Foi-se o tempo em que se achava que a imprensa era neutra. Absolutamente não é! Analisem o que falam os comentaristas e terão a linha de cada emissora. Isso serve para todos os assuntos, desde a política ao futebol, passando pela economia, comportamento, direitos civis...
Por isso mesmo o mais importante hoje é formarmos o que chamo de coeficiente de informação, ou seja, olharmos a noticia por várias pessoas diferentes quer sejam repórteres ou comentaristas, antes de tomar partido por um lado ou por outro, pois sempre haverão diferenças. É como em um julgamento, deve-se ouvir sempre os dois lados.
Existem diferenças até mesmo dentro da mesma emissora. Comparem os Jornais Nacional e Da Globo, da Rede Globo, e verão como são tratados de maneira diferente os mesmos assuntos. Tudo é uma questão de ponto de vista e principalmente de público.
Quando falo em diferença de público, o faço para dizer também que hoje a notícia é uma grande mercadoria, por tanto que se vende. E para se vender, muitas vezes tem de se agradar o freguês. Com essa desculpa, há de que “é disso que o povo gosta, é isso que o povo quer” já fizeram muitas atrocidades no Brasil e no mundo através de informações mal dadas ou fabricadas. Nunca se perguntaram por que os melhores programas de informação, entrevistas e debates da televisão brasileira são sempre depois das onze da noite?
Por isso, peço a todos muita atenção, pois este é um ano eleitoral e como disse acima não considero ninguém neutro. Leia bastante, mas não sempre os mesmos. Escute bastante, mas não os de sempre e olhe muito, mas não sempre a mesma coisa. Assim você mesmo poderá tomar a decisão e agir péla sua consciência e não pelo que diz algum comentarista!
Como sou democrático, podem discordar de mim o quanto quiserem através do blog www.lfmega.blogspot.com. Mandem críticas, sugestões, histórias engraçadas, qualquer coisa, reproduzirei aqui conforme possível. Até semana que vem.
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