quarta-feira, 23 de abril de 2008

O QUE DIZEM DELA?(COLUNA PARA O MOMENTO)

Não, esta não é uma coluna sobre fofócas. Se bem que se desse pra cobrar um imposto sobre essa atividade... Bom isso é assunto pra outro dia. Hoje quero falar sobre a imagem que temos de nossa cidade.
Quando estava na faculdade tive, juntamente com dois colegas, a boa idéia de ir assistir a aula inaugural do curso de História. Aliás está aí uma boa dica para os estudantes, é muito bom que interajam com os outros cursos, pois nenhuma profissão se basta sozinha, nem mesmo as mais prestigiadas, como Medicina e Direito.
Pois bem, estava eu estudante de Ciências Sociais, lá para ver a palestra destinada a estudantes de história. A palestrante era professora da UFRGS e fez uma explanação sobre as cidades. Disse que a cidade tem duas dimensões, uma é clara a todos nós, tratasse da dimensão física. São as ruas, as casas, avenidas, praças, parques (que não temos em SVP); prédios públicos, o comércio em fim, to a estrutura de uma cidade com as dentro.
A outra dimensão é mais difícil de ser percebida, mas às vezes bem fácil de ser notada. Tratasse de uma dimensão que não é deste plano. E não estou falando de espiritismo ou de qualquer outra religião. Tal dimensão é na verdade o que da a cidade o seu caráter e a sua aparência, inclusive frente as demais cidades.
Esta dimensão, um tanto abstrata, pode ser traduzida para simplesmente “a cidade é aquilo o que as pessoas que moram nela pensam que ela é!” para exemplificar sua leitura dos fatos, a palestrante utilizou como exemplo sua cidade natal, a capital do Estado Porto Alegre.
Lembro-me claramente de seus exemplos. Dizia ela que quando os bondes a cavalo foram implantados em POA, há mais de cem anos, a população diza: “temos bondes a cavalo, agora sim somo uma metrópole”. Mais tarde quando os mesmos bondes foram substituídos por elétricos diziam: “agora sim, temos bondes elétricos, somos uma metrópole!” E foi assim com obras como o porto, o aeroporto, as pontes sobre o Guaíba, enfim Porto Alegre é uma Metrópole porque sempre se viu como uma, ou seja, as pessoas que moram lá sempre a viram como uma cidade que deveria ser o centro das atividades do estado e postular uma vaga como centro nacional.
E nós? O que pensamos da nossa cidade? Devemos neste ano mais do que nunca pensar Santa Vitória do Palmar, como a queremos? Como será o centro da cidade daqui a dez anos? Aliás, daqui a dez anos ainda estaremos sujeitos as crises cíclicas da agricultura ou será que já teremos em nossa consciência que não podemos ter apenas uma boa atividade financeira? Espero que os prefeituráveis liderem este pensamento de futuro, esta é a função de um prefeito, um político, um líder!
Eu que moro em Pelotas, posso dizer que por aqui sempre se pensa no passado. A cidade que as pessoas que moram aqui imaginam é a Pelotas de ontem, e isto traz até alguns benefícios no reconhecimento cultural da cidade, mas não provoca o mesmo impacto em áreas como a industria, o comércio e a Política.
Se não podermos ser uma metrópole como POA, espero também que não vivamos do passado como PEL, mas devemos sempre esperar algo bom da cidade, dos demais habitantes e porque não de nós mesmos? E essa condição deve ser exercida pelo eleitor de nossa cidade, devemos exigir de todos os candidatos que mostrem seus projetos de desenvolvimento da cidade, assim podermos esperar e cobrar alguma coisa, até por que como dizia o barão de Itararé: “Daonde menos se espera alguma coisa, daí mesmo é que não sai nada!”

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