Este Post faz parte da Degustação do Projeto "Sou muito Fã desse cara" que visa editar um livro sobre Nelson Piquet.
A ideia é contar a história das corridas para quem não as viu ou não se lembra.
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Assisto o vídeo e escrevo como se fosse ao vivo.
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GP de Detroit 1984
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GP de Detroit 1984
Detroit apresentava uma arquitetura de pista que nos dias atuais dificilmente seria aprovado. Tinha até um túnel maior e mais escuro que o de Mônaco. A linda paisagem, a beira do Rio Detroit que separa Canadá e Estados Unidos tinha a reta e a orla divididas por um muro baixo.
Atrás desse muro algumas pessoas saíram correndo quando na primeira largada do dia houve um grande acidente. Piquet tracionou mal e perdeu a ponta para Prost, isso fez com que ele ficasse lado a lado com Alboreto. Manselll tentou colocar o carro entre os dois, não havia tanto espaço e houve o choque. Surer que vinha logo atrás bateu em Piquet e Senna teve o azar de acertar uma das rodas que saiu do carro de Piquet.
Resumindo, uma nova largada foi marcada para daí a 30 minutos. Piquet, Alboreto, Manselll e Senna largariam com seus carros reservas e como Surer não tinha um carro reserva ficou de fora do GP de Detroit de 1984.
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Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Pr%C3%AAmio_de_Detroit_de_1984 |
Na nova largada Piquet não sofreu e manteve a ponta fazendo a curva por dentro. Manselll chegou a colocar seu carro ao lado de Prost mas não conseguiu tomar a posição do Frances. Na Primeira passagem as 9 primeiras posições eram Piquet; Prost; Manselll; Alboreto; Edie Cheever; De Angelis, Warwick; Lauda e De Cesaris.
Manselll não demorou a superar Prost e começar a perseguição a Piquet. Na volta 11 Piquet era o líder seguido por Manselll que estava a 3,273 segundos e Prost que já começava a ter um mau rendimento a 9,157 segundos de Piquet.
A corrida foi ficando apenas dos dois primeiros. Piquet e Manselll não tomavam conhecimento de mais ninguém. Mansell volta a volta se aproximava e começou a armar o bote para cima do brasileiro.
Subitamente Patrese estava com um pneu furado na entrada do Túnel. Piquet conseguiu manter a trajetória. Mansell, ao contrário, teve que desviar de Patrese. Resultado disso? Piquet abriu novamente e o trabalho de voltas e voltas de Manselll voltou à estaca zero.
Assim como já acontecera na disputa com Prost, Piquet abria nas retas e Manselll chegava nas curvas. Prost, a essa altura caíra para sexto e já estava a 22,744 segundos de Piquet.
Em uma curva, adornada por uma Estátua, que anunciava os Jogos Olímpicos de Los Angeles, Tambay rodou e Manselll perdeu mais tempo ainda. Piquet agora tinha uma reta inteira de vantagem. O então Bi-Campeão mundial tocava limpo e firme a sua Brabham.
Na vigésima volta Piquet tinha 8 segundos de vantagem sobre Mansell enquanto De Cesaris andou com o carro de lado até os boxes. Na volta 22 Senna, que estava em oitavo, abandonou após bater. Saiu do carro mancando e tirou o capacete sentando-se no muro de proteção.
Em seguida Edie Cheever, que vinha em terceiro e estava se aproximando de Mansell abandonou. Agora Piquet já estava a 14 segundos de Mansell que segurava Alboreto, da Ferrari e De Angelis, companheiro de Manselll na Lotus.
A prova que começara caótica, assim prosseguia e 15 dos 26 carros que largaram se mantinham na disputa. Vários pilotos, entre eles o próprio Piquet, Senna e Prost haviam reclamado da qualidade da pista antes da prova. E a prova estava lhes dando razão.
Manselll também ficou fora da prova, este por problemas mecânicos. Era visível a sua desolação. O rápido inglês não tinha ainda a consistência exigida aos grandes campeões. Essa demorou alguns anos a aparecer na carreira deste piloto.
Na volta trinta Piquet tinha 17 segundos de vantagem para o segundo que agora era Alboreto. Com uma Tyrrel, Stefan Bellof, uma grande promessa da F1, ocupava a sétima posição. Senna e Bellof, segundo a transmissão da Rede Globo, eram as grandes esperanças de se tornarem novos ídolos da categoria.
Na volta 43 haviam apenas 9 carros participando da disputa, Prost que estava em sétimo rodou. A habilidade do Francês fez com que ele conseguisse evitar o muro. Isso levou o Frances a parar novamente nos boxes. Pouco tempo depois com o abandono de Warwick Prost voltou a zona de pontuação. Estava em sexto entre os 8 que ainda estavam na competição. Neste momento as colocações eram estas, Piquet; Alboreto, distante 21,4 segundos; De Angelis; Rosberg; Brundle; Prost; Teo Fabi e Jack Laffite.
E o líder Nelson Piquet avistou a sua frente Jack Laffite na mesma volta em que Prost teve que fazer sua segunda parada, fruto da rodada duas voltas antes. Dessa forma Piquet colocou uma volta de vantagem em Laffite e Prost quase ao mesmo tempo.
Na volta 45 Piquet tinha 16,531 seg de vantagem para Alboreto. O terceiro era De Angelis seguido por Brundle, Rosberg e Fabi. Lauda que havia abandonado 13 voltas antes fazia menção de voltar a pista, supostamente para testar alguma alteração no carro para a próxima prova que seria em Dallas completando a sequência de 3 provas na América do Norte. Piquet havia vencido no Canadá uma semana antes.
Quando a diferença de Alboreto para Piquet começou a baixar todos se perguntaram se Piquet iria para os boxes trocar os pneus. A resposta veio rapidamente. O Brasileiro pisou forte novamente e a diferença voltou para a casa de 10 segundos.
Alboreto tentou de todas as maneiras se aproximar do líder e o motor da sua Ferrari não aguentou. A segunda posição passou a ser de De Angelis com Brundle em terceiro e agora apenas 6 carros participavam da corrida na qual 26 haviam largado. Teo Fabi era o quarto, Laffite o quinto e Prost estava em sexto.
A parte final da prova ainda traria algumas surpresas. Brundle duelou com Laffite pela segunda posição e teve êxito quando faltavam oito voltas para o final. A manobra foi linda e a ultrapassagem se deu na chincane que antecedia a reta dos boxes. Com muita festa da Tyrrel nos boxes Brundle era o único entre os três primeiros que mantinha um ritmo forte.
Piquet poupava o carro e se poupava, já que antes de começar a corrida precisou molhar o pé direito e até mesmo gelo seco fora usado em sua Brabham para que não tivesse o problema que teve uma semana antes quando venceu no Canadá. Em Montreal o Brasileiro queimou o pé direito por este ter ficado próximo demais do radiador do seu carro.
Enquanto Galvão Bueno avisava que o sinal do satélite cairia antes da corrida terminar, Prost que havia tomado mais uma volta de Piquet voltara a ultrapassá-lo ficando assim novamente a uma volta do Líder.
Essa manobra se deveu muito a Piquet diminuir seu ritmo para poupar o equipamento e não sofrer novamente com um furo de pneu com no ano anterior. Quem se aproveitou disso foi Brundle que se aproximou perigosamente.
A Brabahm BT53 conduzida por Nelson Piquet cruzou a linha de chegada a apenas 0,837 segundos da Tyrrel de Brundle. A Lotus de Elio de Angelis chegou em terceiro a 32,638 segundos de Piquet. Teo Fabi foi o quarto, Prost o quinto e Lafitte o sexto. Estes foram os únicos a terminar a prova.
Em uma corrida caótica Piquet liderou de ponta a ponta e foi o melhor entre os sobreviventes e não sobreviventes. Sou ditar o ritmo, quando estava em vantagem poupou o equipamente e a sí próprio, quando pressionado reagiu. Foi soberano!
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