Em quais áreas Bolsonaro vai bem ou mal?

Na semana passada o IBOPE publicou um levantamento onde mostra que aproxima 1/3 dos entrevistados se encontram em cada uma das situações. A opção “Ruim” ou “Péssimo” soma 32% dos entrevistados; mesmo índice da soma dos conceitos “Bom” e “Ótimo” e a opção neutra, “Regular” soma 31% dos entrevistados.

Mais do que nunca a polarização se mostra consolidada como a principal característica do momento em que vivemos. No entanto a tendência, quando olhamos o gráfico que leva em conta as avaliações desde Janeiro de 2019, é que esta avaliação tende a piorar para o Mandatário.

Fonte do Gráfico: http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/avaliacao-negativa-de-bolsonaro-aumenta-confianca-no-presidente-diminui/

Mais do que as regiões, onde Bolsonaro ainda é forte no Sul do País, o que chama a atenão são as avaliações por área. A Segurança Pública, ainda que com poucas ações perceptíveis na prática e sabendo-se que é uma área de responsabilidade de cada estado, segue sendo a área melhor avaliada do atual Governo.

Áreas Sociais estão em uma posição intermediária, talvez denotando mais uma vez a imensa discrepância entre as posições políticas atuais no Brasil. Assim a Educação por exemplo tem 42% de entrevistados que aprovam as políticas para esta área e o combate a pobreza 43%.

Mas o que mais chama a atenção é que as áreas com pior avaliação são área que tocam diretamente uma fatia da população que é tida com pró-Bolsonaro, quais sejam, empresários, banqueiros, investidores... Isto fica claro ao vermos que a pior avaliação é a das Taxas de Juros, onde 59% das pessoas entrevistadas desaprovam as ações nesta área e os impostos onde 61% das pessoas desaprovam.

Fonte do Gráfico: http://www.ibopeinteligencia.com/noticias-e-pesquisas/avaliacao-negativa-de-bolsonaro-aumenta-confianca-no-presidente-diminui/

Assim sendo Bolsonaro que já não tem, obviamente, o apoio da esquerda parece estar começando a perder também o apoio da Direita. Nota-se o extremo esforço na aprovação das Reformas, principalmente a da Previdência como uma tentativa, além de uma ação ideológica é claro, de prestação de contas as pessoas e forças políticas econômicas e sociais que apoiaram a sua eleição.

O Governo Bolsonaro até o momento tem a Marca de Moro e a tentativa de aprovar a Reforma da Previdência. Moro está enrolado com as denúncias feitas pelo The Intercept e a Reforma as vezes parece que sai e outras vezes que não sai.

O certo é que a Lua de Mel, que todos os Presidentes tem, parece já ter acabado neste mandato.