segunda-feira, 27 de abril de 2015

Solidariedade

Tem fatos que acontecem na vida que parecem ser programados. Eu que não acredito em destino as vezes me sinto obrigado a pensar se não tem mesmo algumas coisas pré-programadas para acontecer. Será que que tem algum roteirista determinando nossas histórias? Mas como disse não acredito em destino, porém compartilharei uma história fantástica que me aconteceu no domingo, dia 26 de Abril de 2015.

No dito Domingo realizei um sonho de minha. Assisti a corridas em um autódromo. Foi no Velopark, que fica próximo a Taquari, Município que resido desde 2013. Como ainda ando a pé fui de ônibus. Na volta fiquei na beira da estrada esperando o ônibus mais uma vez.


Como não tinha a mínima ideia de horário em que iria passar o próximo ônibus fiquei pedindo carona. E lá passavam aqueles carrões, alguns com família, possivelmente voltando do litoral, mas a maioria deles apenas com uma pessoa na direção. 


Levou uns 15 minutos para que um carro encostasse. Quando cheguei a porta do carro o condutor me disse que ia para os lados de Lajeado. Eu disse que não tinha problema, desceria na Polícia Rodoviária de Tabaí e dali dava um jeito de pegar outra carona.

Durante o caminho ele me contou que ia para Serafina Correa. Eu lhe contei sobre meu trabalho em Taquari. Lá pelas tantas, para minha surpresa, ele me perguntou quão distante ficava Taquari da estrada em que estávamos. Queria saber quando quilômetros a mais faria se entrasse em Taquari.


Respondi que dava mais ou menos uns 20 quilômetros, ida e volta seriam 40 por tanto. Pensei imediatamente no que todos, ou quase todos pensariam. Dinheiro! Disse a ele que se ele quisesse eu lhe pagaria algum valor, determinado por ele, para cobrir o que ele gastaria de combustível por esse desvio.

Para minha surpresa ele se negou a receber qualquer quantia. Investi em dizer que lhe pagaria um lanche, insisti várias vezes, negou outra vez! O Convidei a tomar uma café em minha casa, insisti várias vezes outra vez e outra vez ele negou!



Fui obrigado a lhe contar que no dia anterior, o sábado dia 25 de Abril de 2015, havia sido comemorado em Taquari o Dia da Solidariedade. Disse-lhe mais, disse que costumava ser solidário e que muitas vezes escutei de pessoas próximas que me metia em problemas que não tinham a ver comigo. E escuto mesmo isso!

Fui mais profundo, disse também que mesmo não acreditando em destino, em atração e nem mesmo me considerando religioso, eu acredito que a Solidariedade puxa mais solidariedade. Fui obrigado a falar para ele que do mesmo modo que ele estava sendo Solidário comigo alguma pessoa certamente seria com ele em algum momento.



O condutor, que eu nunca havia visto, era um Tocantinense. Não tinha FACEBOOK, vejam só. Eu queria seguir tendo contato com essa pessoa. A única informação que fiquei dele é que seu nome era Franscisvaldo.

O que mais me marcou foi a sua frase ao me deixar en frente a Prefeitura de Taquari quando ele apenas me disse:

- Se tu quer me pagar, siga ajudando as pessoas!

É como se diz, não se faz solidariedade. Ou somos ou não somos solidários!

Simples assim.

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