Na política existem posições e existem pessoas que se encaixam nesta ou naquela posição.
Estes encaixe nem sempre da certo. As vezes parece que alguém pega uma peça quadrada e tenta encaixá-la em um espaço redondo e menor que a sua peça. Para este caso há apenas três hipóteses:
1 A peça quadrada é flexível e se molda ao espaço redondo.
2 O espaço redondo é flexível e aceita a peça quadrada no seu interior.
3 Ninguém cede e não existe encaixe.
Pouca gente sabe mas a origem dos termos "Esquerda" e "Direita" na Política data da Idade Média quando o Rei sentava-se ao Trono e a sua direita ficavam todos os que tinham algo a agradecer, a parabenizar... A esquerda do Rei ficavam todos os que tinham algo a reclamar, a queixar-se...
Com o tempo esta classificação foi mudando até que chegamos ao dia de hoje com uma grande salada de frutas. A esquerda e a direita atuais se confundem em posições centrais e os extremos que parecem tão distantes mudam facilmente.
Tomemos o espaço político como se fosse uma ferradura. As pontas desta são as posições mais extremadas. Vejam como estão perto uma da outra.
Conheço pessoas que simplesmente pularam de uma ponta para a outra em questão de três ou quatro anos. Também sei de pessoas que já passearam por toda a ferradura. Conheço aqueles que mantem a mesma posição. E tem também as pessoas que mudam a posição aparente, trocam de partido, mas suas idéias são as mesmas. Na verdade estes últimos buscam espaço para suas idéias.
O dilema da ferradura é desta maneira muito forte. Quanto mais extremada uma posição é mais próximo de seu adversário ela pode te deixar. Quem em sã consciência poderia imaginar, nos anos 90 para trás, que um dia uma Senadora de um partido considerado de direita apoiaria, contra a vontade de seu partido, uma candidata Comunista para uma Prefeitura. Este é o caso de Porto Alegre aonde Ana Amélia Lemos do PP apóia Manuel D'Avila do PC do B.
Isto se repete em todas as esferas quer seja em cidades grandes, médias e pequenos. Talvez por isso as pessoas deste país preferem cada vez mais os centristas. É mais fácil lidar com eles.
Os centristas nunca dizem que odeiam o outro lado. Um centrista pode simplesmente deslizar pela ferradura, não precisa saltar de uma ponta a outra. É mais fácil, é mais simples.
Por isso as vezes dou risada e as vezes me irrito com manifestações "anti aquilo", de pessoas que eram "aquilo" ou "anti isto" de pessoas que eram "isto". São apenas vítimas de um sistema político que não ajuda as pessoas e por conseguinte as organizações políticas a terem definições claras. É mais uma mazela de um país que não se leva a sério aonde a política é vista como um mal e não como um meio de se resolver questões.
Para começar a resolver este problema, isso se quisermos resolvê-lo, só existe uma maneira:
O voto em lista fechada que obriga o eleitor a escolher uma ideia e não uma pessoa. Assim os partidos teriam que definir melhor o que defendem e não precisariam acolher quadrados em recipientes redondos por conta de aumentar sua votação.
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