E.U.A. VETAM A PARTICIPAÇÃO DE CUBA NA CÚPULA DAS AMÉRICAS.

As Américas possuem ao total 35 países. Trinta e quatro estão convidados a participar da 5ª Cúpula das Américas em Cartagena na Colômbia. Só Cuba ficou de fora.



Neste final de semana o Presidente da Colômbia foi até Havana comunicar ao Presidente Cubano, Raul Castro, que o país caribeño não poderia se fazer presente pois não haveria unanimidade em sua participação. Não haver unanimidade significa apenas uma coisa, os Estados Unidos da América, aquele responsável pelo lançamento de duas bombas atômicas neste planeta, não os quer por lá.

Uma verdadeira vergonha para o nosso continente e uma afronta a livre determinação dos povos. Mas o que fez Cuba para estar de fora? Afinal por que Cuba está desde 1962 suspensa da OEA?

Será que apenas a escolha de adotar um sistema econômico diferente faz com que Cuba se torne um país a ser endemoniado pelos dominantes?

Não acredito que seja só isso. Não acredito também que seja uma forma de dominação estadunidense. Trata-se de muito mais do que isso, trata-se de um símbolo político.

O simbolismo que nos mostra este fato é o de que os EUA, mesmo sendo o maior império mundial atualmente, sentem um tipo de medo, como o do valentão frente ao baixinho que não se intimida na escola, de passar alguma vergonha quando exposto ao debate com Cuba.

O que faz os EUA temerem o debate com Cuba?

Sem a participação da Ilha dos Castro no debate os EUA poderão se vangloriar de serem a melhor sociedade na América? A mais justa? A que respeita os direitos humanos? Poderão fazer isso sem que nenhum governo presente diga: "Hei! Tem um lugar no meu país que se chama Guantânamo..." Os EUA não querem correr o risco.

Os países que compõe a ALBA, entre eles Equador e Venezuela, prometem não participar se Cuba não estiver lá. Assim esta cúpula vai se desenhando desde já, por forte influência do pai de todos, um rotundo fracasso.

Será, apenas, mais uma oportunidade para nossos presidentes gastarem algumas diárias e saírem bonitos na foto oficial de um evento aonde Obama tentará ganhar mais prestígio para a sua eleição com o aumento do isolamento a Cuba.