terça-feira, 20 de setembro de 2011

A diferença entre o vandalismo e o protesto.




OS Vândalos saquearam
a Roma Antiga

Os Vândalos eram um dos povos bárbaros que saqueou a Roma antiga na época do seu colapso. Notabilizaram-se por destruir os monumentos, (estátuas, fontes...) romanos. Desde então a palavra vândalo é aplicada a quem destrói o patrimônio alheio, seja público ou privado. Cabe lembrar que por vários séculos as populações bárbaras foram massacradas por Roma e obrigadas a viver conforme a cultura romana.
Mas há uma diferença em nossa sociedade para essa definição. Quando há um protesto coletivo ou quando existe uma justificativa aceita pela maioria para tal se aceita até mesmo o vandalismo.
Na França o trabalho motivou protestos
Não foram poucas as pessoas que acharam certo o vandalismo em nosso Senado protagonizado pelo MLST em 2005 ou 2006, não lembro mais. Naquele dia houve prisões e devem estar rolando processos até hoje, mas até hoje se escutam opiniões como “ta bem, quebraram aquilo onde estão os que não fazem nada.”
Já em nossa querida cidade houve certa vez uma pessoa, querida por poucos aqui, que durante Semana da Pátria retirou a bandeira Nacional, o Símbolo da Pátria que o pariu. Depois de retirar a bandeira do mastro caminhou cerca de 50 metros até a frente do Fórum da cidade, aonde trabalham os que definem o que é certo e o que é errado, quem tem razão.
Em Floripa o aumento das passagens
 de ônibus foi o motivo
Uma vez a frente do prédio ele gritou “nessa @#$%* não tem justiça!”, acabou preso. Correto? Parece que sim, pois ele desrespeitou vários símbolos da pátria, sua bandeira, seu Sistema Judiciário e as próprias pessoas que ali estavam. Por outro lado, como a sua querida e amada pátria Brasil o tratou por toda a sua vida? Ele teve as mesmas oportunidades que todos? Quando teve problemas, ainda na infância a pátria lhe estendeu a mão? Ajudou-lhe? Por que afinal toda essa raiva?
A diferença entre um Sociólogo e um Jornalista é esta, precisamente esta. O jornalista deve se ocupar do fato, deve narrar a todos que ele pegou a bandeira e a jogou e que gritou também, já os Sociólogos devem se debruçar sobre a pergunta, mas por que ele fez isto? Para que assim se descubra o fator motivador e se elimine este fator motivador de nossa sociedade, na impossibilidade de eliminação que se minimize. O Sociólogo ainda terá de contar com o jornalista para que a sua análise se torne pública. Este último processo, depois da internet, está um tanto mais fácil.
Mas e os vândalos das vidraças? Não sei quem são, mas o que me parece difícil de entender é por quê? Qual a motivação? Por que alguém se ocuparia de destruir vidraças sem roubar nada? Não há lógica na ação, pelo menos não a enxergo. Muitas vezes me pergunto o que levaria uma pessoa a essa ação.
Há poucos anos em Paris, França, foram queimados cerca de 800 carros em protestos dos jovens imigrantes, ou filhos destes, contra as mudanças nas Leis do Trabalho que lhe tiravam direitos.
Neste 2011 houve graves protestos em Londres, Inglaterra, contra a violência policial. O que diferencia um protesto de um vandalismo, vejam bem, é a motivação e em um segundo momento o número de participantes. Não se faz um protesto sozinho. Só se faz vandalismo sem causa. Protestos são contra coisas consideradas erradas. Vandalismo é contra qualquer coisa.
Em Londres o motivo foi
a violência policial.
Agora notem que dei exemplos de países democráticos, o Brasil, a França e a Inglaterra, estes últimos com uma democracia muito mais velha e por isso mesmo, também muito mais sólida que a nossa. Isso é coincidência? Não, claro que não!
Só a Democracia possibilita atos como estes que às vezes se excedem, que tem seus líderes punidos muitas vezes, mas que em sua maioria atinge seus objetivos. Se duvidarem disso, vejam na internet como foram e quais resultados tiveram os protestos estudantis em Florianópolis, Capital de Santa Catarina, contra o aumento das passagens de ônibus.
A Democracia nasceu assim, de protestos contra os que detinham o poder e não o partilhavam. Povo que não tem voz é povo escravo; povo que não tem voz é povo escravo. Escrevo mais uma vez, povo que não tem voz é povo escravo.
Como e onde estão as vozes do povo de Santa Vitória do Palmar? Por acaso aqui só existem acertos? 


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