TUDO É POLÍTICA
Engana-se aquele que pensa que política é uma questão de eleição ou de partidos. É muito mais que isso. Política é tudo aquilo que envolve uma relação de poder. Há política no nosso dia a dia o tempo inteiro.
Quando somos três, em uma casa com duas TVs, com cada pessoa desejando ver uma programação diferente, a decisão sobre quem não verá seu programa preferido será essencialmente política.
Como essa decisão será tomada. Pode ser uma ditadura da Minoria sobre a maioria, O Pai decide. Uma democracia direta, através de votação ou de concenso, este último encarado como um recúo de algum dos mebros da disputa, enfim imaginem as variações que quiserem.
Coloco este hipotético caso para, apenas, mostrar que muitas vezes fatos que achamos serem puramente técnicos, são na verdade essencialmente políticos. Me refiro a Cesare Battisti.
A decisão de Tarso Genro, assim como a crítica a ela, é puramente política mesmo estando alicerçada na constituição brasileira. Além de Battisti existe um número muito grande de exilados no Brasil que nunca se houve falar e nunca deram manchete ou foram estopim para crises diplomáticas. E “nossos hóspedes” são de todas as linhas políticas possíveis e imagináveis.
Entre o final de 1999 e o início de 2008 mais de 400 colombianos pediram asilo por aqui, muitos eram desertores ou fugitivos ligados as FARC. O ex-ditador do Equador, Lúcio Gutierres foi asilado político no Brasil e depois rumou para os EUA. Alfredo Strossner ditador deposto no Paraguay vive até hoje exilado em nossas terras e o mesmo acontece com o ex-chefe do serviço secreto do Haiti CEL Albert Pierre.
O mesmo acontece com atletas e músicos cubanos. Curioso é que apenas alguns conseguem o asilo, enquanto outros são deportados. É grande também o número de brasileiros gays que pedem asilo nos EUA alegando perseguição sexual no Brasil.
A pergunta não é por que alguns conseguem asilo e outros não. A pergunta a ser feita é: Por que alguns casos chamam a nossa atenão e outros não?
Algumas respostas são possíveis. Uma delas é que o tamanho do grito depende da importância do país atingido, assim refugiados sul americanos chamam menos atenção do que um italiano.
Outra resposta possível é de cunho, ao contrário da primeira, político interno. Nesta hipótese o grito é dentre aqueles que são contrários ao asilado, assim quando Strossner foi asilado os esquerdistas brasileiros gritaram, agora com Battisti gritam os direitistas.
Há mais uma coisa a ser ponderada, o asilo é concedido a pessoas com problemas políticos internos em seu país e não para pessoas que tem contra sí acusações internacionais. Desta maneira não podemos asilar Bin Laden, por exemplo.
Gostaria de saber as respstas de vocês para o motivo de apenas alguns casos chamarem atenção. Aviso de antemão que participarei deste debate.
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